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sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Psicanálise e estética

 Dionísio (2010) investe numa aproximação entre a recepção-estética e a Psicanálise quando em relação ao sujeito do inconsciente, à experiência de si defronte às injunções apresentadas pela realidade. 

                                 O autor destaca que a análise toca naquilo que há de mais íntimo do sujeito no plano das suas sensações, à semelhança do que seria o encontro do artista e do espectador com a obra de arte. Segundo Rancière (2009), na teoria freudiana, a relação entre o pensamento (consciente) e o nãopensamento (inconsciente) se forma no terreno da estética. Tanto a Psicanálise quanto a estética tratariam do indizível, do que não se pode dizer em palavras e do que está na enunciação dos discursos. 

                                  Nesse sentido, parecenos interessante o que discorreu Dionísio (2018) sobre a dimensão sensível da escuta flutuante em Psicanálise e o seu tom análogo ao trabalho de recepção-estética. Das aproximações sugeridas pelos autores, é pertinente uma escuta que seja estética, sensível e implicada nos eventos irrompidos da política econômica capitalista (DIONÍSIO 2010; 2018; RANCIÈRE 2009).

                                 

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